[Resenha] O Nome do Vento - Patrick Rothfuss

domingo, 19 de janeiro de 2014


Título: O Nome do Vento
Título Original: The Name of the Wind
Autor: Patrick Rothfuss
Gênero: Fantasia Clássica                  
Ano de lançamento: 2009
Páginas: 656
Editora: Arqueiro
Sinopse:
Ninguém sabe ao certo quem é o herói ou o vilão desse fascinante universo criado por Patrick Rothfuss. Na realidade, essas duas figuras se concentram em Kote, um homem enigmático que se esconde sob a identidade de proprietário da hospedaria Marco do Percurso.         
 Da infância numa trupe de artistas itinerantes, passando pelos anos vividos numa cidade hostil e pelo esforço para ingressar na escola de magia, O nome do vento acompanha a trajetória de Kote e as duas forças que movem sua vida: o desejo de aprender o mistério por trás da arte de nomear as coisas e a necessidade de reunir informações sobre o Chandriano - os lendários demônios que assassinaram sua família no passado.
         Quando esses seres do mal reaparecem na cidade, um cronista suspeita de que o misterioso Kote seja o personagem principal de diversas histórias que rondam a região e decide aproximar-se dele para descobrir a verdade.
         Pouco a pouco, a história de Kote vai sendo revelada, assim como sua multifacetada personalidade - notório mago, esmerado ladrão, amante viril, herói salvador, músico magistral, assassino infame.

         Nesta provocante narrativa, o leitor é transportado para um mundo fantástico, repleto de mitos e seres fabulosos, heróis e vilões, ladrões e trovadores, amor e ódio, paixão e vingança.

Tudo começa na Pousada Marco do Percurso, onde Kote ,o dono do estabelecimento  – mais conhecido como Kvothe -  vive a sua vida e também convive junto com Bast seu aprendiz e ajudante da hospedaria.

“ Chamava-se Kote. Escolhera o nome com cuidado ao chegar a esse lugar. Havia adotado um nome novo pela maioria das razoes habituais  e também por algumas inusitadas, dentre as quais se destacava o fato de os nomes não lhe serem importantes.”
Pag.17

Temos o cronista – que entra na história pouco tempo depois – um homem que percorre as estradas da República recolhendo histórias que valem a pena ser contadas e ele está a procura de Kvothe , o qual virou lenda no imaginário do povo.
O nome do vento é o primeiro livro de uma trilogia, temos como principal protagonista Kvothe que também é o Kote, um homem que já foi uma lenda e que já encontrou seres encantados, aconselhou reis, viveu grandes amores e agora é um simples dono de uma hospedaria.O livro tem 656 páginas, a leitura é espetacular, Patrick Rothefuss soube criar uma história incrível e fascinante, com personagens bem desenvolvidos!!!!
Kvothe é descendente dos Edena Ruh  e seu pai é o líder da trupe e o mecenas é o barão Greyfallow. Numa das viagens da trupe Kvothe conhece  Ben, que era um arcanista e depois que é aceito pela trupe, Ben começa a ensinar as arte do Arcano e  a simpatia a  Kvothe. O que levou Kvothe a aprender com Ben ,foi o fato de ele ter chamado o nome do vento, quando eles se conheceram, e foi isso que fez Kvothe ir para a Universidade,pois ele queria aprender a arte da Nomeação .
Ben abandona a trupe e na sua despedida ele dá a Kvothe um livro com dedicatória, ao qual mais tarde lhe será útil para entrar na Universidade  e o incentiva a não desistir.
    Mas  a vida de Kvothe sofre uma reviravolta enorme, a sua família é chacinada e ele vira órfã, porém ele viu quem fez aquilo e não tem dúvida que seja os CHANDRIANOS.
Tomado de dor pela perda de sues pais e da trupe (família), ele vira mendigo nas ruas de Tarbean e desiste do sonho de entrar na Universidade e se tornar Arcanista. Após passar três anos como mendigo, seu antigo sonho é despertado por uma lenda contada por um contador de histórias chamado Sharpi. A procura de vingança pela morte dos pais e por resposta a milhares de perguntas ele parte em direção a Universidade.
Ele passa de órfã  a um dos estudantes mais brilhantes da Academia Arcana. Ele aprende a amar sua primeira mulher e também aprende o significado da sua vida e o Nome do Vento...
Kvothe tem uma personalidade forte e sabe usufruir de suas artimanhas e também resolver seus problemas. Temos os melhores amigos dele na Universidade Simmon e Willen, seu inimigo, Ambrose,  e sua amada Denna.
Eu ganhei este livro e igual a ele não tem, a leitura é incrível e podemos aprender muito com o nosso jovem Kvothe!! A capa é linda :p
Recomendo muitíssimo a leitura \o/

Deixo com vocês um trecho do livro que adoro o/

“ A maior faculdade que nossa mente possui é, talvez, a capacidade de lidar com a dor. O pensamento clássico nos ensina sobre as quatro portas da mente, e cada um cruza de acordo com a sua necessidade.
Primeiro existe a porta do sono. O sono nos oferece uma retirada do mundo e de todo o sofrimento que há nele. Marca a passagem do tempo, dando-nos um distanciamento das coisas que nos  magoaram. Quando uma pessoa é ferida, é como ficar inconsciente. Do mesmo modo, quem ouve uma noticia dramática comumente tem uma vertigem ou desfalece. É a maneira de a mente se proteger da dor, cruzando a primeira porta.
Segundo, existe a porta do esquecimento. Algumas feridas são profundas demais para cicatrizar, ou profundas demais para cicatrizar depressa. Além disso , muitas lembranças são simplesmente dolorosas e não há cura alguma a realizar. O provérbio “O tempo cura todas as feridas” é falso. O tempo cura a maioria das feridas. As demais ficam escondidas atrás dessa porta.
Terceira, existe a porta da loucura. Há momentos em que a mente recebe um golpe tão violento que se esconde atrás da insanidade. Ainda que isso não pareça benéfico, é. Há ocasiões em que a realidade não é nada além do penar, e, para fugir desse penar, a mente precisa deixá-la para trás.

Por ultimo, existe a porta da  morte. O ultimo recurso. Nada pode ferir-nos depois de morrermos, ou assim nos disseram. “

Meu nome é Kvothe, com pronúncia semelhante à de ‘Kuouth’. Os nomes são importantes, porque dizem muito sobre as pessoas.
Já tive mais nomes do que alguém tem o direito de possuir.
Meu primeiro mentor me chamava de E’lir, porque eu era inteligente e sabia disso.
Já fui chamado de Umbroso, Dedo-Leve e Seis-Cordas. Fui chamado de Kvothe, o Sem-Sangue; Kvothe, o Arcano; e Kvothe, o Matador do Rei. Mereci esses nomes.
 Comprei e paguei por eles.
 Mas fui criado como Kvothe. Uma vez meu pai me disse que isso significava ‘saber’.


Espero que tenham gostado \o/

Abraços o/

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