[RESENHA] O Francês - Daniel de Carvalho

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Titulo: O Francês
Autor: Daniel de Carvalho
Número de páginas: 228
Editora: Pandorga
Idioma: Português
Edição: 2015
Nota: 5/5
Sinopse:
Este romance conta uma incrível história de amor entre um francês e uma descendente de indígenas tupi-guarani. Esse grande amor é brutalmente interrompido para ressurgir com todas as forças depois de 272 anos.
Uma parte desse caso de amor se passa no município de Carvalhos, no Estado de Minas Gerais, no ano de 2013. A outra parte se passa no Arraial dos Franceses, na Capitania de Minas Gerais, no século XVIII. (...)
O “Mon Journal”, um estranho diário, desaparece misteriosamente no ano de 1741, no Arraial dos Franceses, para ser encontrado apenas no ano de 2013 em Carvalhos. Tal diário é o elo que esclarece a relação entre os dois casais de épocas tão distantes e tão diferentes.
Há, ainda, um estranho ser que os acompanha durante todo o desenrolar da narrativa. Um ser não visível, mas que lhes causa grandes apreensões.
*Livro Cedido em Parceria com o Autor


Olá, meusss lindosss e lindasss!!! Como vocês estão?

Bom, antes de começar a resenha, quero que saibam que estava com saudades de vocês e do Mais Um Pra Coleção! Não estou atualizando o blog devidamente por causa de muitos fatores e trabalhos na vida acadêmica.
Contudo, em compensação, tenho recebido livros de parcerias e este que vou falar hoje é o livro O Francês - Se você não existisse, por que eu existiria?, que foi cedido pelo autor Daniel de Carvalho.

O livro é lindo e a capa tem tudo a ver com a história narrada..... ficaram curiosos? Então, venham mergulhar neste mundo ao qual o visível é invisível aos olhos e que o destino pode está bem pertinho de você! Quem sabe agora?

O Francês é uma mistura entre dois tempos diferentes, sendo uma parte passada no século XVIII, no Arraial dos Franceses, na Capitania de Minas Gerais, e a outra parte se passa no ano de 2013, no Município de Carvalhos, no Estado de Minas Gerais. Apesar do livro relatar dois tempos distintos, a narração não ficou nem um pouco confusa. Na verdade, elas se complementavam e juntas, nos revelavam os mistérios, uma bela história de amor e um diário que pode revelar muitos segredos.

No passado, conhecemos o casal Yara e Adrien. Ele, um francês que chegou ao Brasil com cinco anos de idade acompanhado seus pais Rogê e Nicole, para tentarem a vida em um continente diferente. Ela, uma descendente de indígenas tupi-guarani, filha da índia Iraci e do português Borba. Yara e Adrien se conhecem ainda criança. Desde a infância eles tornaram-se inseparáveis e com o tempo a amizade se transformou em amor. Anos se passam e tudo já estava certo para o casamento, porém um amor puro foi brutalmente interrompido, mas que foi jurado por toda a eternidade.

"Para Adrien e Yara, o bem-querer surgira desde a infância. E só agora, em seus quinze anos, o fogo da paixão começava a fazer sentir. E tal paixão, juntando-se ao bem-querer, fazia nascer um grande amor de intensidade inimaginável."

No presente, conhecemos Karina e Jean, dois jovens que se conhecem por intermédio dos amigos Samira e Alaor. Já no primeiro instante em que se veem, eles sentem uma conexão surreal. Jean chega ao município de Carvalhos, antes de regressar a São Paulo em busca de emprego, pois resolveu fazer uma visita ao amigo Alaor e conhecer sua cidade, mas ele não podia imaginar tudo que passaria por lá. Logo no primeiro dia ele conhece Karina, uma linda jovem que provoca, instantaneamente, uma sensação diferente nele:

“Ambos sentiram um fortíssimo e inexplicável arrepio em todo o corpo. Como essa sensação durou apenas frações de segundos, foi rapidamente esquecida (...). Alguém, ou algo, não visível para aquelas pessoas observava de perto o que acontecia.”

Durante uma visita a casa de Karina, Jean conhece a bela biblioteca que a avó da moça possui, e lá eles encontram um diário nunca visto ali, intitulado “Mon Jornal”. Instigado pelo objeto encontrado, eles logo descobrem que este estava escrito na língua francesa. Assim, durante vários dias, Jean passa a traduzir o conteúdo do diário para Karina. Porém coisas estranhas acontecem todas as vezes que estão juntos, principalmente quando estão com diário. Não demora muito para que o casal do século 21 reconheça as semelhanças, afinal Jean também era um francês que veio pequeno para o Brasil com os pais e Karina era descendente de tupi-guarani e também em ser a cidade onde estão. Mesmo alarmados com essa situação, eles continuam a leitura para desvendarem o seu final. E a cada novo encontro, o amor e a cumplicidade do jovem casal cresce cada vez mais.

"Os dois ficaram se olhando e se questionando. Mas não havia justificativa para tal coincidência."

O “Mon jornal” é um diário que some misteriosamente no ano de 1741, no Arraial dos Franceses e reaparece inexplicavelmente no ano de 2013, em Carvalhos. Este diário é o ponto chave da história de Yara, Adrien, Karina e Jean. Qual será o mistério que envolve o diário? Qual a relação entre os casais de épocas tão diferentes? Este foi um mistério que eu adorei desvendar.

"...O ser invisível os observava. Se tal ser tivesse um rosto, e caso um humano pudesse vê-lo, talvez percebesse nesse rosto um traço de pesar aliado a um traço de obediência a uma força superior da natureza"

A escrita do autor é maravilhosa. A história de amor entre os personagens, também nos faz aprender um pouco sobre o Brasil no passado. Uma narrativa envolvente e leve que faz o leitor se prender na história e querer descobrir o que vai acontecer. Confesso que o livro me surpreendeu de uma maneira bastante positiva.

Amo livros que envolvem amores passados que se reencontram no presente pela força inexplicável do destino. Agradeço imensamente a confiança do autor em enviar sua obra. A editora Pandorga está de parabéns, a capa e a diagramação estão lindas. Desejo muito sucesso ao autor Daniel de Carvalho e que venham mais histórias!

“― Se mecê não existisse... para que eu existiria...?”
“― Et si tu n’existais pás, dis-moi pourquoi j’existirai?”
“― E se você não existisse, diga-me por que eu existiria?”

Espero que tenham gostado!
Beijos!

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